19 de dez. de 2014

TÍTULO: A Menina que Roubava Livros
TÍTULO ORIGINAL: The Book Thief
AUTOR: Markus Zusak
EDITORA: Intrínseca
PÁGINAS: 480
Minha Avaliação: 




A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.
Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.

Não sei porquê eu demorei tanto para ler esse livro. A menina que roubava livros é um dos melhores livros que já li em minha vida de leitora!!! Simplesmente fantástico!


Durante sua passagem pela Alemanha, recolhendo almas, a Morte encontra Liesel Meminger, enquanto seu irmão mais novo está sendo enterrado em um cemitério próximo. Liesel acaba pegando o “O Manual do Coveiro”, que o coveiro sem querer deixou cair na neve, ela é levada para uma cidadezinha onde sua mãe a entrega para uma família adotar. Hans e Rosa Hubermann são seus novos pais adotivos, com eles ela começa a aprender a ler e escrever e vai à escola com seu vizinho e melhor amigo, Rudy Steiner.

A Morte narra os quatro anos em que se “encontrou” com Liesel, anos no qual ela roubou vários livros, aprendeu com eles, acolheu um judeu em casa em plena Segunda Guerra Mundial*,viu que por onde Hitler passava ele deixava a sua marca, que na maioria das vezes, era bombas e muita morte.

"Imagine sorrir depois de levar um tapa na cara. Agora imagine fazê-lo durante 24 horas por dia. Era essa a tarefa de esconder um judeu."

A Menina que Roubava Livros tem uma narrativa como nunca vi antes, mas apesar de diferente é uma leitura que flui naturalmente e te deixa totalmente concentrado. O mundo pode estar acabando que você não vai notar. Inclusive durante os ataques aéreos que estavam ocorrendo na história (isso não é spoiler!!!),  uma pessoinha resolveu soltar fogos de artifício perto de minha casa. Eu imediatamente comecei a pensar que eu estava na rua Himmel e que estávamos sofrendo um bombardeio! (Sim, sou uma idiota)

Nesse livro há vários personagens marcantes na história, mas os que vou comentar são: Rosa Hubermann, Hans Hubermann e, é claro, Liesel Meminger.

Rosa e Hans Hubermann são quase totalmente opostos. Enquanto Hans é calmo, Rosa é explosiva. Enquanto Hans sempre vê o lado bom das coisas, Rosa sempre acha o lado ruim. Mas ambos os dois amam sua filha adotiva demais e cuidam dela o melhor, quero dizer, na medida do possível.

É difícil falar sobre a personagem principal sem dar muitos spoilers. Ela é uma criança inocente no meio de uma guerra. Viu seu irmão morrer e teve que largar sua mãe biológica para viver com pessoas que nem ao menos conhecia, mas que aprendeu a amar. Mas essa não é a história de uma vítima, mas sim de uma guerreira. Não é a toa que a própria Morte contou sua história.

Beijos



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